Prefeitura de Águas Lindas de Goiás

O site da Prefeitura Municipal da cidade de Águas Lindas de Goiás foi escolhido para a avaliação. No geral, o site apresenta notícias sobre a cidade, contatos das secretarias municipais e serviços públicos, dá acesso à ouvidoria da prefeitura de Águas Lindas de Goiás e ao portal do contribuinte.
A seguir é apresentado o planejamento, feito com base no framework DECIDE, e a avaliação feita pela integrante da equipe Bruna Almeida, para a tarefa individual da disciplina.
1 Objetivos da avaliação
Os objetivos dessa avaliação são:
- Analisar se o site é claro e explícito quanto às funcionalidades disponíveis para os usuários;
- Apontar erros que atrapalham o uso do site;
- Verificar se o site é acessível à usuários com pouca familiarização com tecnologias.
A avaliação deste último objetivo é imprescindível, pois sites de prefeituras devem ser simples e diretos, para que pessoas com pouca convivência com tecnologia consigam acessar facilmente os serviços disponíveis na plataforma e consigam concluir o propósito com o qual acessaram o site.
2 Perguntas a serem respondidas
Com os objetivos já estabelecidos, pode-se definir possíveis perguntas a serem utilizadas na avaliação:
- As funcionalidades são de fácil acesso?
- O site tem boa aparência?
- O usuário necessita de grande esforço cognitivo para acessar as funcionalidades?
- O usuário tem liberdade de desfazer e refazer suas ações?
- A interface é minimalista?
- Todas funcionalidades apresentadas funcionam?
- É acessível para portadores de necessidades especiais?
3 Método de avaliação
Para essa avaliação será utilizado o método de inspeção, através da avaliação heurística.
O método de inspeção parece ser o mais indicado para o tipo de avaliação que será feita, pois não envolve diretamente os usuários e trata de experiências de uso potenciais, e não reais. Os métodos de inspeção permitem ao avaliador inspecionar uma solução de IHC para tentar antever as possíveis consequências de certas decisões de design.
De acordo com Nielsen (1994), a avaliação heurística é um método de avaliação de IHC criado para encontrar problemas de usabilidade durante um processo de design interativo. Esse método de avaliação orienta o avaliador a inspecionar sistematicamente a interface em busca de problemas que prejudiquem a usabilidade. (Barbosa e Silva, 2010)
4 Questões práticas
Em relação às questões práticas, o site foi aberto numa velocidade de internet de 150Mb/s. Foi utilizado para o acesso do site um computador com processador i7-7500U e memória de 8GB DDR4.
5 Questões éticas
O método de avaliação heurística não envolve diretamente usuários. Por esse motivo, o próprio avaliador se coloca no lugar de usuário com o perfil desejado, sendo assim, não é necessário tomar nenhum cuidado ético com relação ao usuário.
Antes de iniciar à avaliação, é preciso esclarecer alguns pontos que serão usados na avaliação heurística. Para uma melhor organização, será usada uma tabela semelhante à proposta no artigo Avaliação Heurística de Sítios na Web (Maciel, C., et al.). Para descrever melhor o problema de usabilidade e uma sugestão de correção, as seguintes especificações podem ser usadas:
- Contexto: é a situação de uso em que o problema pode ser verificado ou diagnosticado;
- Causa: refere-se ao aspecto do sistema que propicia o problema;
- Efeito sobre o usuário: consequência da interação ao usuário;
- Efeito sobre a tarefa: decorrência da ação sobre a tarefa executada;
- Correção possível: indica ao projetista possíveis alterações no sistema.
A análise da natureza de um problema de usabilidade permite classificá-lo como:
- Barreira: refere-se a um aspecto da interface no qual o usuário esbarra sucessivas vezes e não aprende a suplantá-lo. Uma barreira voltará a se apresentar ao usuário na próxima realização da tarefa.
- Obstáculo: refere-se a um aspecto da interface no qual o usuário esbarra e aprende a suplantá-lo.
- Ruído: refere-se a um aspecto da interface que causa uma diminuição de seu desempenho na tarefa. O usuário pode desenvolver uma má impressão do sistema.
A partir do tipo de tarefa em que ele se manifesta, o problema de usabilidade pode ser classificado como principal ou secundário. Corresponde a um aspecto da interface que compromete a realização de tarefas, pela perspectiva:
- Principal: frequentes ou importantes.
- Secundário: pouco frequentes ou pouco importantes.
Com base na perspectiva do usuário, um problema de usabilidade pode atrapalhar a interface de forma:
- Geral: qualquer tipo de usuário durante a realização de sua tarefa.
- Preliminar: usuários novatos ou intermediários durante a realização de sua tarefa.
- Especial: tipos de usuários especiais (portadores de deficiência) durante a realização de sua tarefa.
É importante citar a existência de duas categorias de problemas que salientam os possíveis efeitos de uma revisão de projeto. Ao realizar a Avaliação Heurística pela primeira vez, que é o caso dessa avaliação, a categoria de perspectiva do projeto deve ser preenchida como “não se aplica”, pois a classificação de falso ou novo problema dependem de avaliações já feitas antes.
Por fim, uma escala de 0 a 4 é utilizada para classificar os problemas de usabilidade encontrados durante a inspeção da interface:
- 0 - Sem Importância: não afeta a operação da interface para todos usuários, não sendo encarado necessariamente como um problema de usabilidade.
- 1 - Cosmético: não necessita ser reparado, a menos que haja tempo disponível.
- 2 - Simples: pode ser reparado, com baixa prioridade de correção.
- 3 - Grave: deve ser reparado, com alta prioridade de correção.
- 4 - Catastrófico: deve ser reparado de qualquer forma antes do produto ser disponibilizado.
Como título da tabela deve-se usar um dos critérios para Avaliação Heurística propostos por Nielsen (1994), apresentados a seguir:
- Status do sistema: o usuário deve ser informado pelo sistema em tempo razoável sobre o que está acontecendo.
- Compatibilidade do sistema com o mundo real: o modelo lógico do sistema deve ser compatível com o modelo lógico do usuário.
- Controle do usuário e liberdade: o sistema deve tornar disponíveis funções que possibilitem saídas de funções indesejadas.
- Consistência e padrões: o sistema deve ser consistente quanto à utilização de sua simbologia e à sua plataforma de hardware e software.
- Prevenção de erros: o sistema deve ter um design que se preocupe com as possibilidades de erro.
- Reconhecimento ao invés de relembrança: as instruções para o bom funcionamento do sistema devem estar visíveis no contexto em que o usuário se encontra.
- Flexibilidade e eficiência de uso: o sistema deve prever o nível de proficiência do usuário em relação ao próprio sistema.
- Estética e design minimalista: os diálogos do sistema devem conter somente informações relevantes ao funcionamento.
- Ajuda aos usuários no reconhecimento, diagnóstico e correção de erros: as mensagens devem ser expressas em linguagem clara, indicando as possíveis soluções.
- Ajuda e documentação: a informação desejada deve ser facilmente encontrada, de preferência deve ser contextualizada e não muito extensa.
6 Avaliação
Como indicado no método DECIDE, depois de todo o planejamento - objetivos, perguntas a serem respondidas, método escolhido, questões práticas da avaliação e questões éticas - , o último passo é avaliar.



7 Considerações finais
Observando a avaliação feita, é fácil concluir que o site foi mal planejado. Há muitas falhas no emprego das funcionalidades, o design não é de fácil entendimento e a aparência não é agradável.
Referências
- Artigo: Maciel, C., et al. Avaliação Heurística de Sítios na Web;
- Livro: BARBOSA, S. D. J.; SILVA, B. S. Interação Humano-Computador. 1ª edição, Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.
Versionamento
Data | Versão | Descrição | Autor |
---|---|---|---|
11/09 | V0 | Criação da página | Amanda Bezerra |
19/09 | V1 | Adiciona informações do site | Bruna e Damarcones |
03/10 | V2 | Adiciona planejamento e avaliação do site | Bruna Almeida |
09/11 | V3 | Refatoração do documento | Bruna Almeida |