Processos de Design
O design pode ser visto como um processo que envolve três atividades básicas:
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Análise da Situação Atual:
- Estudar e interpretar o contexto existente.
- Identificar desafios e oportunidades.
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Síntese de uma Intervenção:
- Planejar e executar ações para resolver ou melhorar a situação.
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Avaliação da Nova Situação:
- Verificar os resultados da intervenção.
- Comparar a situação anterior com a situação atual pós-intervenção.
Essas atividades formam um ciclo contínuo no processo de design, permitindo ao designer criar soluções e melhorias iterativamente com base na análise e avaliação contínuas da situação.
Figura 1 - O que é Design? (Fonte: BARBOSA, Simone; DINIZ, Bruno; 2010)
Processos de design de IHC
Os processos de design em Interação Humano-Computador (IHC) têm como foco principal atender às necessidades dos usuários e estão fundamentados em princípios centrais, tais como:
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Foco no usuário: O designer concentra-se em projetar a interação de sistemas interativos para atender às necessidades dos usuários e auxiliá-los a alcançar seus objetivos. Isso requer um estudo aprofundado dos usuários para compreendê-los melhor.
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Métricas observáveis: O processo de design deve permitir a realização de experimentos nos quais os representantes dos usuários usam simulações ou protótipos do sistema para realizar suas atividades e alcançar seus objetivos. Durante esses experimentos, a performance e as reações dos usuários são observadas, registradas e analisadas.
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Design interativo: Quando problemas são identificados durante os experimentos com os usuários, eles devem ser corrigidos. Isso implica que as atividades do processo de design devem ser iterativas, ou seja, o ciclo de projeto, avaliação com medidas e reprojeto deve ser repetido quantas vezes forem necessárias para aprimorar a interação do usuário com o sistema.
Algumas das propostas existentes:
Ciclo de vida simples
Com toda sua simplicidade, essa opção de processo de design é mais recomendada para designers mais experientes, tendo em vista que não apresenta um detalhamento de etapas rigoroso e depende de poucas iterações no decorrer de seu desenvolvimento, ou seja, ele pode ser muito útil para designers que tenham mais experiência e intuição para trabalhar de maneira flexível, no entanto, para designers menos experientes se trata de uma proposta de processo de design bem desafiadora.
Figura 2 - Ciclo de vida simples (Fonte: BARBOSA, Simone; DINIZ, Bruno; 2010)
Ciclo de vida em estrelas
O ciclo de vida estrela (representado na Figura 3) guarda semelhanças com o ciclo de vida simples, mas se distingue por apresentar um nível maior de detalhamento e mais verificações entre as etapas. Enquanto o ciclo de vida simples é mais direto e requer poucas iterações, o ciclo de vida estrela se caracteriza por uma abordagem mais minuciosa, envolvendo maior monitoramento e análise ao longo do processo de design.
Figura 3 - Ciclo de vida em estrelas (Fonte: BARBOSA, Simone; DINIZ, Bruno; 2010)
Engenharia de usabilidade de Nielsen
O ciclo de vida de Nilsen, proposto por Nielsen, descreve uma série de atividades essenciais que devem ocorrer ao longo do ciclo de vida de um produto. Estas atividades incluem:
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Conhecer o usuário: Compreender as necessidades, comportamentos e expectativas dos usuários.
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Realizar uma análise competitiva: Examinar produtos com funcionalidades semelhantes para identificar melhores práticas e concorrência.
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Definir as metas de usabilidade: Estabelecer metas claras para a experiência do usuário que o produto deve alcançar.
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Fazer designs paralelos: Criar várias alternativas de design para explorar diferentes abordagens.
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Adotar o design participativo: Envolver a equipe de design com representantes do público-alvo para colaboração e feedback.
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Fazer o design coordenado da interface como um todo: Planejar o design de todos os elementos da interface, incluindo documentação e sistemas de ajuda.
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Aplicar diretrizes e análise heurística: Utilizar princípios de usabilidade e realizar análises heurísticas para identificar problemas de usabilidade.
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Fazer protótipos: Criar modelos interativos do produto para testar ideias e conceitos.
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Realizar testes empíricos: Testar o produto com usuários reais para identificar problemas e avaliar a usabilidade.
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Praticar design iterativo: Corrigir problemas identificados durante as iterações de design e avaliação, aprimorando continuamente o produto.
Essas atividades visam garantir que o produto seja desenvolvido com foco nas necessidades dos usuários e que a usabilidade seja uma preocupação constante durante todo o processo de desenvolvimento.
Engenharia de usabilidade de Mayhew
O ciclo de vida proposto por Mayhew é um processo completo que abrange desde a análise inicial das necessidades dos usuários até a implementação do sistema e a coleta de feedback pós-uso. Ele é constituído por 3 fases essenciais:
Análise de Requisitos
Nesta fase, são estabelecidas metas de usabilidade com base no perfil dos usuários, nas tarefas a serem realizadas, na plataforma tecnológica e nos princípios gerais de design. A análise cuidadosa desses requisitos orienta todo o processo de design.
Design, Avaliação e Desenvolvimento
Durante esta etapa, ocorre a concepção da solução que atende aos requisitos identificados na análise. É crucial que a interface seja avaliada com os usuários durante o desenvolvimento para identificar e corrigir problemas de usabilidade, garantindo que a solução seja eficaz e amigável ao usuário.
Instalação e Coleta de Feedback pós-uso
Após a implementação do sistema, é importante coletar as opiniões dos usuários após um período de uso real. Essas opiniões são valiosas para o correto entendimento das necessidades da interface e da interação.
Figura 4: Engenharia de usabilidade de Mayhew (Fonte: BARBOSA, Simone; DINIZ, Bruno; 2010)
Processo de design escolhido pela equipe
Após analisar minuciosamente os modelos mencionados anteriormente, o grupo deliberou sobre suas vantagens e desvantagens a fim de chegar a um consenso quanto à seleção do processo mais adequado para o projeto. A conclusão a que chegamos foi que o Ciclo de Vida de Mayhew se destacou como a escolha mais acertada por diversas razões. Notavelmente, suas etapas são detalhadas e claramente definidas, minimizando a subjetividade presente em modelos de processo de design mais simples. Dado que o grupo possui pouca experiência na área de Interação Humano-Computador (IHC), optar por um modelo mais robusto e minucioso pareceu mais apropriado para nossa situação, servindo-nos como um guia sólido.
Bibliografia
[1] Processos de Design de IHC Capítulo 4 – parte 1. Disponível em: http://thiagov.github.io/resources/ihc/aula4.pdf - acesso em: 02 de outubro de 2023.
[2] Slide de aula do professor João Queiroz. Disponível em: https://docente.ifrn.edu.br/joaoqueiroz/disciplinas/ihc-interacao-humano-computador/aulas/aula-5 - acesso em: 02 de outubro de 2023.
Histórico de Versões
Versão | Descrição | Autor | Data | Revisor | Data de revisão |
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1.0 | Construção processo de design | Caio lelis | 29/09/2023 | Caio Braga | 02/10/2023 |
1.1 | Adição de processo de design escolhido | Caio lelis | 02/10/2023 | Miguel | 02/10/2023 |
1.2 | Refatoração da interface | Caio Braga | 28/10/2023 | Doan Filho | 29/10/2023 |